terça-feira, 21 de outubro de 2014

Andreia

Conheço a Andreia desde pequenina. Vi-a crescer e é agora que dou um outro rumo ao texto para não parecer um dinossauro, mas a verdade é que desde que frequentava a casa da família Santos esta miudinha estava sempre lá de um lado para o outro a brincar.

Tinha curiosidade em ver e saber quem eram as amigas da mana mais velha e, por isso, gostava sempre de estar connosco. No início olhávamos para ela como um empecilho porque afinal de contas quem é que quer sair para beber café com um bebé ao lado? Adolescente que é adolescente é tolo e rude, certo?

Hoje em dia olho para ela e o meu coração enche-se de orgulho. Gosto muito da pessoa em que se tornou. Gosto como tem os pés bem assentes na terra, mas se olharmos com atenção, especialmente quando ela não está a ver, aqueles olhos andam a passear por mundos que só ela conhece.

Temos um sentido de humor muito parecido e isso faz com que as gargalhadas estejam sempre presentes entre nós. Não tem medo de dar a sua opinião sobre nada e valorizo muito que nunca tenha medo de dizer o que pensa. Revejo-me muito na sua independência e vontade de ser mais do que um número.

Ao contrário da sua irmã, tem um gosto musical impecável (desculpa V., mas é verdade). Gosto de pensar que tive alguma influência nisso e em outras partes da sua vida também através de pequenos conselhos ou abraços mais fortes quando foi necessário.

A Andreia não é só a irmã de uma amiga. É um bocadinho minha também. E seguramente já não é uma miudinha, apesar disso partir-me o coração, por vezes. Aos meus olhos será sempre a Andreiota a quem tinhamos de dar a mão para atravessar a estrada.

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